A Gestão de Tecnologia da Informação tem como principais objetivos planejar, executar e monitorar as atividades de TI. Cabe à Gestão de TI garantir e apoiar a Governança de TI, que por sua vez, apoia estrategicamente a organização.
Enquanto a Governança de TI se encarrega de avaliar e direcionar as atividades de TI alinhadas à Estratégia Organizacional, a Gestão de TI planeja, constrói, executa e monitora as atividades que devem auxiliar na conquista dos objetivos estratégicos organizacionais.
De acordo com o COBIT 5, o framework de governança e gestão de TI mais utilizado, os processos da gestão corporativa de TI estão divididos em 4 domínios:
- Alinhar, planejar e organizar;
- Desenvolver, adquirir e implementar;
- Executar, atender e apoiar;
- Monitorar, avaliar e analisar.
No domínio de alinhamento, planejamento e organização, compete à gestão gerenciar a estrutura de TI, definir, rever e atualizar sua estratégia, trabalhar com a arquitetura corporativa, propor inovações, definir e atualizar seu portfólio, gerenciar orçamento e custos, gerenciar recursos humanos, trabalhar o relacionamento infra e supraorganizacional, tratar do gerenciamento de contratos e prestação de serviços, gerenciar fornecedores, observar a qualidade, gerenciar os riscos e a segurança.
Em relação ao domínio de desenvolver, adquirir e implementar, deve-se gerenciar os programas e projetos, realizar a definição dos requisitos, identificar e propor soluções de desenvolvimento, capacitar os envolvidos, trabalhar a mudança organizacional necessária, gerenciar as mudanças, tratar da aceitação e transição das mudanças, expandir e divulgar o conhecimento adquirido, gerenciar os ativos e as configurações envolvidas.
O domínio executar, atender e apoiar trata do gerenciamento de operações, do gerenciamento de solicitações, serviços e incidentes, do gerenciamento de problemas, gerenciamento de continuidade, dos serviços e da segurança, além do controle de processos e de negócios.
Por fim, no domínio de monitorar, avaliar e analisar, compete à gestão verificar o desempenho e a conformidade das atividades e dos processos, bem como analisar e avaliar o controle interno e os requisitos externos à organização.
Diante de todos esses processos e essas atividades, nota-se a importância estratégia da TI para a organização. Compete à TI apoiar e manter a organização tecnologicamente alinhada aos seus objetivos, de maneira a garantir que a missão e a visão da organização sejam atingidas.
Para regular as contratações de serviços de TI, em 2008 a Secretaria de Logística e TI (SLTI) do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MP), publicou a Instrução Normativa nº 04, orientando os órgãos integrantes do SISP a elaboração de Planos Diretores de TI (PDTI), para que fosse evidenciado o efetivo planejamento de todas as contratações. Cabe destacar que em 2010, a IN SLTI nº 04/2008 foi revogada e substituída pela IN SLTI nº 04/2010, que manteve a mesma determinação acerca do planejamento.
O propósito de um PDTI é atender às necessidades de informação e de tecnologia de uma organização. Para tanto, é necessário definir metas, ações e projetos para suprir tais necessidades. O PDTI também descreve o comportamento esperado da TI pela alta administração. Por isso é que a responsabilidade pela elaboração do PDTI é da alta administração. É ela que tem que prover governança de TI, definindo o que se espera da área de TI. Uma consequência disso é que o PDTI não é um instrumento de gestão apenas da área de TI. É de toda a instituição.
O Plano Diretor de Tecnologia da Informação (PDTI) do Conselho Regional de Contabilidade do Acre (CRCAC) é um instrumento de diagnóstico, planejamento e gestão dos recursos e processos de Tecnologia da Informação que visa atender às necessidades tecnológicas e de informação, devendo contemplar as necessidades de informação e serviços de TI da organização, as metas a serem alcançadas, as ações a serem desenvolvidas e os prazos de implementação.